Por que falar com os bebês? Será que entendem?
Um bebê, antes mesmo de nascer, está imerso na linguagem das palavras, é falado pela mãe e demais pessoas envolvidas em a sua volta que diversas vezes falam com ele.
Dessa forma, ao chegar no contexto escolar o acolhimento poderá ser falado mostrando onde está, quem são as pessoas que o tocaram, mostrar os espaços, outros bebês, as cores e formas. Medidas que o ajudam a terem gradativamente uma dimensão corporal e emocional das inúmeras vozes que o atravessaram em todo o seu processo de desenvolvimento.
Há desafios? Sim.
Colocar em palavras para o bebê que a sua história será contada por outras vozes, e corpos, uma construção coletiva de toda uma equipe acolhedora.
Parece loucura?
Mas é a partir dessa comunicação que o adulto dirige ao bebê todas as ações que irão ocorrer em seu corpo, um corpo de direito, um corpo acolhido, um corpo que compreende. Um corpo que fala.
Além de inseri-los no contexto social e ensinar-lhes a usar e desfrutar das linguagens, a linguagem oral tem outra função crucial: fortalecer vínculo entre ele e educador referência. Escutar uma voz conhecida e já reconhecida o acalmará e à medida que o educar atue com previsibilidade e acolha suas frustações e outras manifestações, ele começará a perceber aproximação dos fatos da sua rotina.