Aprendizagem

Aprendizagem

Por que falar com os bebês? Será que entendem?

Um bebê, antes mesmo de nascer, está imerso na linguagem das palavras, é falado pela mãe e demais pessoas envolvidas em a sua volta que diversas vezes falam com ele.

Por meio desses gestos, falas e conversas os adultos expressam sonhos e expectativas em relação aos bebês, que recebe um lugar para pertencer e um projeto de futuro é formado diariamente.
Bebê pegando na flor

Dessa forma, ao chegar no contexto escolar o acolhimento poderá ser falado mostrando onde está, quem são as pessoas que o tocaram, mostrar os espaços, outros bebês, as cores e formas. Medidas que o ajudam a terem gradativamente uma dimensão corporal e emocional das inúmeras vozes que o atravessaram em todo o seu processo de desenvolvimento.

Há desafios? Sim.

Colocar em palavras para o bebê que a sua história será contada por outras vozes, e corpos, uma construção coletiva de toda uma equipe acolhedora.

Palavras...
Que antecipam cuidados e nomeiam as lágrimas e outras linguagens.
Para o bebê começar a falar é necessário que haja adultos que falem com ele. Dessa forma, durante os momentos de cuidado, hajam diálogos que relatem todos os movimentos, nomeando seus gestos e dando a previsibilidade das ações, como mostrar sua fralda com os desenhos, o lenço umedecido que irá tocar sua pele, a pomada que irá proteger sua pele do xixi.

Parece loucura?

Mas é a partir dessa comunicação que o adulto dirige ao bebê todas as ações que irão ocorrer em seu corpo, um corpo de direito, um corpo acolhido, um corpo que compreende. Um corpo que fala.

Partindo dessas linguagens os bebês começam a compreender os sons das palavras, e mais avante, emite vocalizações e que ao longo do seu desenvolvimento se transformam em suas primeiras palavras. E nessa relação adulto-bebês -crianças que um bebê constrói seu repertório e torna-se um indivíduo falante como todos nós.
Bebê olhando para a flor

Além de inseri-los no contexto social e ensinar-lhes a usar e desfrutar das linguagens, a linguagem oral tem outra função crucial: fortalecer vínculo entre ele e educador referência. Escutar uma voz conhecida e já reconhecida o acalmará e à medida que o educar atue com previsibilidade e acolha suas frustações e outras manifestações, ele começará a perceber aproximação dos fatos da sua rotina.

E assim falar com o bebê desde a sua chegada ao mundo – seja no ambiente familiar e no acolhimento escolar, durante as trocas, mamadas, alimentações, brincadeiras livres e propostas direcionadas é considerá-lo um sujeito. E acreditar em seu potencial de entender o que estamos falando, acreditar que há sentimentos a serem compartilhados.